Uma semana depois de ter chocado o país, ao assassinar a própria neta, uma menina de sete anos, Olegário Borges, teve alta hospitalar.
Lara foi assassinada na madrugada de terça-feira da semana passada, 14 de março, pelo próprio avô, com quem a menina vivia, em Vialonga. De acordo com os relatos dos vizinhos, o avô seria a grande referência de Lara e a pessoa com quem ela passava mais tempo.
O homem terá quase degolado a criança, antes de tentar, alegadamente, pôr fim à própria vida, infligindo alguns ferimentos nos pulsos e no pescoço. O homem foi assistido e transportado para um hospital de Lisboa, onde ficou internado durante a última semana.
Lara vivia com este avô e com a mãe, desde a separação dos pais. Naquela noite, excepcionalmente, a mãe da menina foi a uma festa e o avô terá aproveitado a ausência para matar a criança. Vizinhos e familiares próximos falam que o homem, de 69 anos, poderia estar em depressão e com medo de perder a neta.
Após a alta hospitalar, o caso vai finalmente avançar judicialmente. Olegário Borges será, agora, presente ao primeiro interrogatório judicial, no Tribunal de Loures, de acordo com o jornal Correio da Manhã.
Apesar da barbaridade do crime, a questão mental deste avô pode ter um papel fundamental no julgamento. O homem será, certamente, sujeito a perícias, para avaliar a sua condição psicológica e o que pode ter motivado este ataque à própria neta. No entanto, a investigação só agora está a começar, num caso que poderá ser bastante demorado.