Continua hospitalizado o atacante afegão, de 29 anos, que esta terça-feira, 28 de março, matou duas funcionárias no Centro Ismaelita de Lisboa. O homem foi travado pela PSP, que o atingiu numa perna. O homem deverá ter alta dentro de dez a quinze dias, de acordo com o Jornal de Notícias.
Só nessa altura é que este refugiado afegão será interrogado por um juíz. No entanto, a Polícia Judiciária já afastou qualquer possibilidade de se tratar de um ataque terrorista, apontando antes para um possível “surto psicótico”, que levou este homem a este ato isolado de revolta.
O homem era viúvo há mais de um ano, depois da esposa ter morrido no campo de refugiados em Lesbos, na Grécia. Recebeu asilo de Portugal, onde se encontrava a viver há um ano, com os três filhos, de quatro, sete e nove anos em Odivelas.
Agora, os três menores foram encaminhados provisoriamente para uma instituição, com a decisão definitiva sobre o futuro destas crianças a ficar adiada.
As crianças estão já a receber acompanhamento de psicólogos e elementos da Segurança Social e vão continuar a frequentar este Centro Ismaelita. De acordo com o Jornal de Notícias, famílias da comunidade ismaelita já se estariam a oferecer para acolher estas crianças, mas a decisão passou por serem institucionalizadas temporariamente.
Na instituição onde foram colocados, os menores vão continuar a frequentar o Centro Ismaelita, a privarem com a comunidade e vão também manter as rotinas escolares. Isto até que uma decisão definitiva seja tomada sobre o futuro destas crianças, que perderam a mãe há mais de um ano e deverão agora ficar também privados do pai, tendo em conta a gravidade do crime por ele cometido.